Quando voltei a desenhar em 2013, nunca imaginei que chegaria onde cheguei nos dias de hoje. O avanço que tive em tão pouco tempo — no caso uns 2, 3 anos — é realmente incrível. Tudo bem que tive algumas vantagens de ter tido aula de artes na época da escola e o amor ao desenho vem de herança praticamente, mas na época eu não aproveitei como deveria, até porque nunca imaginei que lá na frente eu ia pensar em me tornar uma ilustradora. Desenhar era apenas um mero passatempo que me fazia uma criança feliz.
Não fazia ideia como fazer uma sombra em 2013. Meus desenhos, até então, apenas folhas levadas ao vento já que eu não desenhava há décadas, eram apenas alguns rabiscos inspirados em mangá. O que me incentivou a retornar aos desenhos foi meu professor do primeiro ano do curso de Design Gráfico que fiz. Os trabalhos dele eram incríveis e aquilo simplesmente me despertou uma vontade absurda de voltar a desenhar, como uma recordação de um passado em que a arte era o palco da minha vida.
Ele nos ensinou luz e sombra, perspectiva… e várias outras dicas e ideias valiosíssimas. Eu fiquei treinando sem parar o ano inteiro. Praticamente um desenho novo por dia. Em poucos meses, já conseguia ver o crescimento e que o esforço estava valendo a pena. Confesso que no ano seguinte, 2014, desenhei menos por ter me dedicado mais às outras áreas do curso (identidade visual, design editorial, etc.) mas sempre que podia eu rabiscava um pouco. Colocava ali no papel o que vinha na cabeça, usava imagens de referência ou simplesmente desenhava qualquer coisa do nada só para me manter aquecida. Até quando eu terminava algum trabalho do curso e ficava lá parada na sala de aula eu resolvia rabiscar alguma coisa, haha. Sério, qualquer coisa mesmo.
Essa introdução um tanto quanto poética é nostálgica não só pelo fato de comentar como tudo começou, mas também porque me lembra meus dias no meu blog antigo, o Vulnera, onde eu gostava de “filosofar” e escrever o que viesse na cabeça. Bons tempos! Aliás, é bom poder voltar a escrever e voltar a incentivar as pessoas de alguma forma!
O medo de errar é o que nos impede de alcançar o certo.
Quando eu finalmente entendi que só errando eu poderia acertar foi quando alcancei o progresso. Tanta coisa com apenas 1 ano de trabalho! Fiquei imaginando o que eu poderia alcançar com ainda mais anos me esforçando a melhorar. Claro que em algumas coisas eu ainda tinha medo na época: usar corretamente as cores, pintura digital… tem tanto ainda que preciso aprender. Em 2013 me aventurei em algumas pinturas digitais também e aprendi muita coisa:
Vocês não fazem ideia da quantidade de desenhos que fiz esses anos. Foram muitos mesmo, não tenho nem como postar tudo aqui, senão esse post viraria uma Wikipédia: gigantesco, hahaha. Vou postar os que mais me fizeram ver a evolução que tive. Os demais você pode conferir lá no meu portfólio no Behance, clicando aqui. Tem dois projetos lá com vários desenhos que fiz em meus sketchbooks (2013 e 2014), fora outros projetos de pinturas digitais!
Falando em desenhos, vou voltar para eles agora. Vocês vão conferir abaixo alguns dos meus desenhos de 2013 e 2014 e, no final, alguns que fiz esse ano também e que acabei não postando no blog.
É você quem controla o lápis, e não o contrário.
Lembre-se sempre disso. E isso não vale apenas para o lápis, vale também para canetas, pincéis, etc. No começo você pode se sentir inseguro(a), o que é totalmente normal. Nós sempre nos sentimos inseguros no começo, mas quando vencemos o medo controlamos a nossa arte.
Vocês nunca terão ideia do que podem alcançar se não tentarem e se esforçarem o máximo que puderem. Se vocês amam algo, busquem ser o(a) melhor. Não há nada mais gratificante do que se tornar ótimo(a) em algo que ama e quem sabe no futuro poder trabalhar com isso!
Que tal irmos agora para os desenhos desse ano que não postei ainda aqui e que fiz antes de criar o blog? Só relembrando: se quiser ver mais desenhos de 2013 e 2014, dê uma olhada lá no meu portfólio no Behance!
Nesse ano, ainda continuo no lápis e aperfeiçoando luz e sombra, mas decidi dar um tempo de treinar pinturas digitais para me focar em lápis de cor, aquarela… cores e ilustrações mais manuais mesmo. Nada melhor do que começar pelo tradicional para depois voltar a melhorar o digital. Lembrando que aqui não estão todas desse ano porque algumas eu já coloquei nos posts dos Desenhos da Semana!
Um vídeo aqui da cena, até porque eu amo essa música e o filme é um dos meus favoritos, hahaha… e assim vocês podem conferir as referências também para o desenho.
E é com esse último desenho — que você saberá mais no próximo post da série Desenhos da Semana — que eu fecho esse post. Espero que tenham gostado e que, assim como foi ótimo para mim escrevê-lo e ver minha própria evolução, que vocês também possam se inspirar e evoluir, descobrir suas limitações e superá-las; fazer ótimas ilustrações e a cada uma delas poder criar novos conceitos que os levem a realizar feitos ainda mais grandiosos e emocionantes.
Fascinada por games e arte conceitual, busca o sonho de ser concept artist. É Designer, formada pela Escola Panamericana de Arte e Design com experiência há mais de 15 anos na profissão.